Como destruiram a imagem internacional do Fluminense no Século XXI

Foto: Divulgação

Tenho certeza que você, que está lendo este texto agora, está tão descontente como eu deste atual Fluminense da Flusócio, não é mesmo?! Com a ideia de um "Fluminense mais forte", o grupo político não consegue sequer conseguir um patrocinador master! O último foi a Viton44, em 2015-2016. De lá para cá, foram cagadas atrás de cagadas! Só que está se chegando a um ponto que a torcida não está aguentando mais o que esses caras estão fazendo com o Fluminense.

Vamos falar em torneios internacionais... Desde 1989, quando o Fluminense ganhou o Torneio de Kiev, nunca mais o torcedor tricolor teve a felicidade de comemorar um título internacional. Como se faz tanto tempo, os rivais e outros alimentam a mentira de que o Fluminense nunca foi campeão internacional, mas já fomos várias vezes. Infelizmente chegamos perto em 2008 e 2009, com as finais da Copa Libertadores e Sul Americana, e acabamos perdendo ambas para um timinho do Equador que eliminaríamos depois em 2017... 

A torcida não aguenta mais tanto amadorismo no comando do clube. Foto: Divulgação Fluminense.

Dez anos depois, o Fluminense sequer conseguiu repetir o feito de chegar a uma final de torneio internacional, e fechar essa ferida eterna que se abriu desde aquela disputa de pênaltis em 2008. Nesse meio tempo acabou surgindo a Flusócio, grupo político que foi criado em 2003 e que em menos de dez anos conseguiu o poder no clube. Foram dois mandados com Peter Siemsen e, o último (até o momento) com Pedro Abad.O primeiro mandado começou em 2011, com o Fluminense em alta (por ter ganho o Tri Brasileiro). Porém, a partir dali o Fluminense inacreditavelmente não foi o mesmo da Libertadores anterior que disputou. Como vocês sabem, o Tricolor acabou QUASE sendo eliminado na primeira fase. Na véspera do jogo decisivo entre Argentinos Jr x Fluminense, Sheik acabou sendo mandado embora por ter cantando música do Flamengo. Ainda bem que o Fluminense venceu, e conseguiu a classificação heróica! Será que Peter Siemsen não deveria ESPERAR primeiro a decisão contra os argentinos, de modo a não tumultuar o clima tenso daquela partida?!

Em 2012 o clube teve seu melhor ano de sua recente história. Ganhamos o Brasileiro e o Estadual, e perdemos por detalhe nas quartas da Libertadores, para o Boca Jr. Aqui não tenho nada do que reclamar com diretoria ou grupo político. Em 2013 os vexames voltariam a aparecer, mas não sei se foram culpa de algum problema interno, mas o Tricolor tinha um elenco qualificado para conseguir alguma coisa maior naquela temporada. Em 2014 a Unimed acabou encerrando sua parceria de patrocínio com o Fluminense, reduzindo a qualidade das equipes... O torcedor tricolor então JAMAIS voltou a disputar uma Libertadores, acumulando um número incontável de vexames em todos os sentidos, e em muitas vezes com o time abalado por questões internas não reveladas. O maior ídolo do clube no Século, o atacante Fred, acabou saindo do clube neste ínterim, e o restante da história todos vocês conhecem.

Vivemos o melhor momento em 2012. Foto: Nelson Perez - FFC - Divulgação.

Mas... falando de torneios internacionais, a Flusócio criou a ideia de internacionalizar a marca! Primeiro, em 2015 nasceu o Flu Samorin, onde o Fluminense banca um time de segunda divisão da Eslováquia, com a qual não trouxe (ainda) nenhum fruto (humano, profissional ou financeiro) ao clube. Foi neste ano também que nasceu a Flórida Cup, torneio amistoso da Disney, onde o Fluminense jogou por três vezes (2015, 2016 e 2018).

Aí eu te pergunto: vale a pena sacrificar a pré temporada para viajar para os EUA jogar um torneio de verão amistoso?! Para quem comanda o Fluminense, vale muito a pena. Na primeira edição, em 2015, o Tricolor acabou em ÚLTIMO LUGAR, ao ser goleado pelo Bayer Leverkusen, e depois perder para o Colônia, ambos times alemães. O Fluminense então acabou ficando em ÚLTIMO LUGAR na tabela de classificação, sendo a única equipe que não conseguiu pontuar.

Veio 2016, e com ele, mais uma edição do torneio da Disney que a Flusócio ama! Empatamos com o Shaktar, e depois perdemos para o Internacional. Na tabela de classificação o Fluminense acabou em PENULTIMO LUGAR, perdendo apenas para um time dos EUA. Em 2018, Abad foi lá com o restante da cúpula tricolor, e com esse time horroroso, o Fluminense acabou fazendo história: perder de virada para time misto do Barcelona do Equador, que jamais tinha vencido o clube na História. Poderia ainda ter perdido para o PSV (Holanda), no jogo anterior, mas Robinho marcou no último minuto.

Eu queria perguntar ao presidente Abad que bosta é essa de internacionalização da marca ao ver o clube passar vergonha nos EUA?! Gente, a torcida já sofre com falta de títulos internacionais, e esses caras ainda insistem em um torneio falido desse?! Estão acabando com o que faltou de fama internacional do clube. A fórmula é simples: a melhor forma de internacionalizar a marcar é MONTAR UMA EQUIPE COMPETITIVA que ganhe Libertadores e Sul Americana. Veja o caso do Grêmio: chegou a jogar contra o Real Madrid no fim de 2017, isto porque ganhou a Libertadores. O mundo todo se voltou para o Grêmio por conta do título da Libertadores e a disputa do Mundial. Quer melhor internacionalização que isso?! Infelizmente nosso clube está nas mãos de pessoas que tem um discurso muito bonito, mas que não entendem nada de futebol...

Enquanto eles estão em seus camarotes tomando champanhe e comemorando quem ganhou na Natação ou no Vôlei do Flu, nós estamos sendo chacota nos bares, nas escolas, nas rodinhas de amigos, na internet...simplesmente porque há muito tempo não sabemos o que é ganhar um título internacional! E parece que vamos demorar muito mesmo com a atual gestão, que pensa apenas em fazer o clube lutar para não cair... Lamentável.